22 de setembro de 2006

O papa é pop

Então agora virou festa. A fala do papa Ratzinger afirmou que "Maomé só veio pra causr guerra e destruição, não causou nenhum bem". Mas veja bem, essa frase é a de um rei perdido no Séc XIII d.C., não foi o Supra Sumo Pontífice que disse. Vou fazer o mesmo: "Seminarista filho da puta". Apesar de eu ter enchido o peito pra falar isso, essa frase não é minha, é de um herege do Séc. XIII d.C. Faça você o mesmo: levante dessa cadeira e grite a frase que quiser (uma dica: xingue seu chefe, faz bem.), afinal não somos mais responsáveis por aquilo que dizemos mesmo.

Entramos na era de banalizar a palavra? Justamente a palavra que nos torna humanos, nos separa dos animais irracionais. Nos tornamos animais sociais através da palavra, fazemos concretos todos os abstratos através dos signos. Nos fazemos completo através da alteridade (meu encontro no outro) realizada pela palavra, mas também renunciamos toda a nossa liberdade e abrimos mão de nosso mundo ao nos dirigirmos ao outro e dizermos um simples "oi". A partir desse momento o outro nos possui.

A palavra, portanto, é o maior instrumento de poder, e é de se esperar que o líder da maior instituição mundial, que ja curvou nações através do verbo, faça bom uso do mesmo. Tamanha irresponsabilidade e desleixo desse líder nos indica que ninguém é mais responsável por aquilo que diz (faz ou produz). Talvez isso indique que seja a hora de voltarmos ao estado de barbárie, ao estado natural do homem, para primeiro dominarmos o fogo, depois o verbo.

Em que pedestal inconsequente o papa se coloca para fazer tal afirmação dos muçulmanos? É só olhar para o passado católico e relembrar alguns fatos. CADE A MORAL CRISTÃ?