Obrigado pelos comentários.
Aí vai o significado real do texto anterior:
É uma crítica a esses "filósofos" que escrevem ou falam dificil achando tudo muito lindo e achando que estão fazendo filosofia quando ninguém os entende. Pensar não é ser rebuscado, muito pelo contrário é buscar a retidão de pensamento, é tornar compreensível o que se apresenta confuso. Tornar compreensível pelo menos no âmbito da linguagem, da compreensão. Agora, se a idéia vai ser aceita, isso já é um outro assunto.
Fazer filosofia não é juntar palavras como "nada" "ontológico" "cognoscível" e ficar no campo do abstrato. O popular "viajando na maionese", se preferir. E essa é a imagem do filósofo que vem desde os tempos de tales de Mileto, um bicho-grilo que fica viajando por aí nessa coisa estranha que é a filosofia. Ela de nada adianta se for desvinculada do mundo real, da prática, da efetiva mudança da nossa realidade.
Marx disse: "Até agora os filósofos se concetraram em tentar explicar o mundo. Está na hora de tentar muda-lo". Exatamente. De que adianta entender de que é feito o espírito, onde se encontra o pensamento, se nenhuma dessas coisas nos posicionarem como sujeitos agentes do mundo? De que adianta saber o que são imperativos categóricos se isso não nos colocar numa nova postura ética? De que adianta estudar sociologia se for pra querer sair pegando em armas explodindo bancos?
Essa postura de esbanjar conhecimento não é Filosofia. Pode até ser conhecimento, mas o verdadeiro conhecimento não serve pra ficar mostrando por aí em palavras difíceis, poses rebuscadas, atras de uma cara de superior e um óculos de armação de tartaruga.Pode ser conhecimento, mas não sabedoria. É espaço ocupado no seu cérebro, a toa, diga-se de passagem, pois para gente assim o cérebro podia ser ocupado por coisas como empacotar uma sacola decentemente. Não desmerecendo nenhuma profissão, vejam bem, acredito plenamente no potencial de qualquer pessoa, e que eles realmente queiram subir na vida. Mas para os "filosofos" destiladores de "conhecimento" o lugar eterno deveria ser esse.
O verdadeiro conhecimento deve sim ser passado e transmitido. Porém antes disso, deve servir para o sujeito individual, para abrir seus olhos para as coisas do mundo, para dilacerar as mediocridades, o fazer enxergar o mundo e si mesmo de uma nova maneira e se posicionar como consciente disso, como agente efetivo e criador desse mundo.
Talvez assim não vejamos mais crianças sendo arrastados presas pelo cinto do carro por 4 Km.
27 de fevereiro de 2007
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