10 de dezembro de 2006

Do quarto - Parte II

Eu não sou o cara certo
Me dê uma garrafa de vinho, eu a beberei até jogar a garrafa vazia na vida, rindo dela
Mostre me a imagem de Jesus, e eu arrancarei seus pregos e furarei meus pulsos.

Mas eu! Sou um humano. Um desses estranhos seres que diferem-se mais entre si do que dos animais.

Ainda assim não sou o cara certo.
Posso rir da sua cara, posso tremer ao seu lado
Posso falar coisas bonitas, posso ficar decepcionado.

Porque não sou o cara certo.



Mas é muito provavel que eu esteja pensando em você agora.
E sorrindo por isso

15 de novembro de 2006

Do caderno - 1°

Para que eu possa (e eu vou)
Me perguntar se tudo valeu a pena,
E ter a confortável certeza que sim.

Para que eu possa
Olhar o sol nascer
E ter a certeza que mais alguém está fazendo isso.

Para que eu saiba que em qualquer canto do mundo
em que eu olhe,
haja sempre alguém
Sorrindo ou chorando por outrem.

E que a morte é mesmo
A angústia de quem vive
E a solidão também,
Apenas olhe para mim e sorria.

9 de novembro de 2006

Amigos

Amigos

Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos,dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre... Hoje, não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve, cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, cada um segue a sua vida... talvez continuemos a nos encontrar quem sabe nos e-mails trocados.
Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses, anos, até este contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo....
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?
Diremos: Eram nossos amigos e isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto, nos reuniremos para um último adeus de um amigo.
E entre lágrima nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes, daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos
[Texto de autoria desconhecida]








Na foto: Os Maiores, em 2001. Tempo absurdo de rápido.

7 de novembro de 2006

(M) idiótica

Na sala assistindo TV:

- Olha! Que filme é esse?
-Não sei se é filme, acho que é um documentario sobre o Iraque.
-Parece reprise de "Platoon".
-Hm...não sei, esses mísseis cruzando a tela parecem ser tão reais.

".................BANG BANG"

- Isso!!! Matem todos eles!
-Isto é, se for de mentira.
-Droga. ALGUÉM PODE ME DIZER SE POSSO ME DIVERTIR OU NÃO?

Do quarto - Parte I

E tudo começou assim: ele naõ tinha mais sobre o que escrever. Se pegou olhando a folha em branco, separando o real do abstrato, misturando os verbos com o gosto do sal. Como se ja tivesse escrito sobre tudo, esgotado todos os temas, realizado todas as obras, se sentia vazio. Lhe sobrava naquele quarto-castelo vazio que era a sua mente o eco de uma música suave que entrava pelos ouvidos numa tentativa pífia de inspira-lo. Nenhum movimento.

Inspira-lo.

Espirou. Era isso que faltava. Como o olho sente falta do ver, como a pele sente falta do toque, ele sentia falta. Algo que o motivasse a escrever, a fabular, a brincar com as coisas, com as idéias, com os fatos. Percebeu que há tempos ninguém o surpreendia, ha tempos quase nada lhe tirava um sorriso surpreso, um sorriso menino, um sorriso de dentro. Era só o sorriso com medo, aquele que saia por pura obrigação de expressão. Clamava por detalhes, que alguém lhe trouxesse pequenos prazeres tal qual o som doce do por-do-sol.
"Me dêem prazer" gritava aos quatro ventos mas não o ouviam.
"Me faça, me crie, me seja, me veja, me pense, me sinta!".
Era tudo o que ele pedia para poder escrever, para poder sorrir. Sorrir.


26 de setembro de 2006

Asas inventadas

Hoje eu vi um pássaro e fiquei com inveja. Se eu tivesse asas e pudesse voar eu seria verdadeiramente livre, me realizaria. Então olhei pro pássaro e ele estava me olhando como dizendo "se eu pudesse falar seria verdadeiramente livre, me comunicaria e seria um ser completo, mas meu destino é ser levado pelo vento, de um lado pro outro, que inveja dos humanos." Talvez se eu tivesse asas, faria como Ícaro filho de Dédalo que ébrio por ter asas (mesmo que de cera) voou tão alto que o sol derreteu suas asas. O problema do homem é querer ter coisas desnecessárias, é criar necessidades que não existem. Parece assim que estão querendo negar a humanidade que lhe cabe. Criando essas necessidades o homem acaba se padronizando, negando assim da mesma maneira, a individuialidade. Todos iguais, catalogados, previsíveis. Talvez seja por isso que (quase) ninguém me surpreenda mais. Temos mania de darmos valor as coisas que apresentam um resultado imediato, efetivo, que atende às nossas necessidades imediatas. Isso é justificado pelo pragmatismo do homem, que move todas as coisas. Essa visão acabou criando engenheiros demais, advogados demais, cientistas demais, máquinas de mais. Após a revolução industrial foi criado um novo tipo de valor de homem, o tecnicista, que passou a ser adorado e idolatrado em seus valores. Talvez isso tudo venha do vazio existencial, o homem deve ter se deparado com a falta de respostas aos seus anseios, e passou a criar para tentar se comparar a um deus, a um criador, para se sentir menos ridículo perante a insignificância. Mas eu penso todos os dias para que nossos desejos falsos não se tornem nossos algozes, e não nos enforquemos em nossas próprias cordas, não sejamos Ícaros modernos e morramos pelos nossos desejos. Somos ridículos, mínimos, infames. Qual o problema em afirmar isso? Angústia? O que me causa angústia é olhar em volta e ver que tudo isso é falso, criado, artificial, que estou rodeado de ignorantes que fazem o possível pra continuar assim. Perante isso tudo, ver e admitir nossa natureza não me parece tão ruim.

22 de setembro de 2006

O papa é pop

Então agora virou festa. A fala do papa Ratzinger afirmou que "Maomé só veio pra causr guerra e destruição, não causou nenhum bem". Mas veja bem, essa frase é a de um rei perdido no Séc XIII d.C., não foi o Supra Sumo Pontífice que disse. Vou fazer o mesmo: "Seminarista filho da puta". Apesar de eu ter enchido o peito pra falar isso, essa frase não é minha, é de um herege do Séc. XIII d.C. Faça você o mesmo: levante dessa cadeira e grite a frase que quiser (uma dica: xingue seu chefe, faz bem.), afinal não somos mais responsáveis por aquilo que dizemos mesmo.

Entramos na era de banalizar a palavra? Justamente a palavra que nos torna humanos, nos separa dos animais irracionais. Nos tornamos animais sociais através da palavra, fazemos concretos todos os abstratos através dos signos. Nos fazemos completo através da alteridade (meu encontro no outro) realizada pela palavra, mas também renunciamos toda a nossa liberdade e abrimos mão de nosso mundo ao nos dirigirmos ao outro e dizermos um simples "oi". A partir desse momento o outro nos possui.

A palavra, portanto, é o maior instrumento de poder, e é de se esperar que o líder da maior instituição mundial, que ja curvou nações através do verbo, faça bom uso do mesmo. Tamanha irresponsabilidade e desleixo desse líder nos indica que ninguém é mais responsável por aquilo que diz (faz ou produz). Talvez isso indique que seja a hora de voltarmos ao estado de barbárie, ao estado natural do homem, para primeiro dominarmos o fogo, depois o verbo.

Em que pedestal inconsequente o papa se coloca para fazer tal afirmação dos muçulmanos? É só olhar para o passado católico e relembrar alguns fatos. CADE A MORAL CRISTÃ?

9 de setembro de 2006

A vida atrás do balcão é:

A vida atrás do balcão é:

-Aguentar olhares de superioridade dos que estão do lado de lá.
-Ser desprezado.
-Ter que atender a todos com um sorriso no rosto (mesmo que vc esteja no pior dos seus dias).
-Criar um falso humanismo e a cara de pau de perguntar "Gostou do filme?" com cara de Mc Lanche feliz.
-Ser hipócrita acima de tudo, afinal, vc tem sempre razão Senhor.
-Trabalhar de segunda a segunda, mais feriados, e dias de sol com churrasco gorduroso.
-Estranhar frases como "Vou sair", "Vou viajar".
-Ver seus amigos passando na rua de domingo. E ficar só vendo.
-Estar do lado de cá, pra um dia estar do lado de lá.
-Criar uma fé cada dia maior em Marx.

Mais alguma coisa Senhor?

17 de agosto de 2006

A democracia

Quando a democracia ameaça a hegemonia
Elimina-se a democracia.

Assim é a democracia

7 de agosto de 2006

Carinho

Eu ainda acredito no amor.
Algo me inspira quando penso em Sartre e Simone de Beauvoir. Um amor dos mais felizes. E eles eram felizes porque ambos sabiam o que queriam. Sendo diferentes no meio em que viviam se encontraram como semelhantes, existencialistas, ambos prezando a liberdade, palavra chave do relacionamento. Admiração também foi essencial ao longo de toda a vida dos dois, o que fez com que ela escrevesse A Cerimônia do Adeus, já com 73 anos, evocando a figura de Sartre. Eles vibravam em outra frequência.
Admiráveis.
Algo me inspira mais ainda quando lembro de Hannah Arendt e Heidegger. Ela, 18 anos, judia, ele, 35, nazista confesso. Os dois, amor apaixonado, quebrando fronteiras, ideologias e a razão. Estabeleceram uma relação inédita de admiração mútua, e o que começou como professor-aluno se estendeu por cartas até a década de 70.
Inexplicáveis.
Então seja o amor feliz, desses de duas pessoas que sabem viver a vida, ou seja o amor apaixonado que quebra conceitos, ainda há amor no mundo. Amor suficiente pra tirar um sorrisinho do meu canto de boca quando penso em algo do tipo, e balançando a cabeça, me perder em pensamentos. Amor bastante para me causa angústia quando penso em outras coisas que me fazem esquecer do valor da vida.
Então ame, algo, alguém, você mesmo, o que quer que seja, mas não deixe a vida perder a graça


Pq eu ainda acredito nesses carinhos que são como o sol batendo na pele e esquentando.

30 de junho de 2006

A importância das imagens na concepção aristotélica do conhecimento

Aristóteles parte em sua filosofia, do sensível para o inteligível, pois para ele não há nada que está no intelecto que não tenha passado pelos sentidos.
Todo o conhecimento tem início nas sensaçôes, é fazendo uso dos sentidos que se adquire o conhecimento do mundo, indo assim contra a teoria das idéias de Platão.
Aristóteles distingue os sentidos em externos e internos. Os externos são aqueles que captam diretamente as formas sensíveis so que está à nossa volta, e são os cinco tradicioinais: visão, audição, paladar, tato e olfato. Cada sentido externo tem o seu sensível próprio, assim a visão tem a cor, e a audição tem o som como sensíveis próprios. Os sentidos externos captam as formas sensíveis das coisas. Os sentidos internos são a memória, a imaginação, o senso e a estimativa. A estimativa é o sentido que seleciona os dados que serão enviadas à memória, esta por sua vez, envia as sensaçôes para o intelecto.
O intelecto por sua vez é dividido em agente e paciente. As informaçôes presentes na memória são captadas pelo intelecto agente que através de um processo de abstração extrai o elemento inteligível, que até então estava em potência apenas, e o manda para o intelecto paciente que é quem se apropria do conhecimento propriamente dito.
O papel do intelecto pode ser comparado ao processo de impressão para melhor compreensão. Assim seria com o uma folha em branco (mente) em que é impresso (processo de abstração) pela impressora (intelecto agente) o conteúdo (intelecto paciente). Claro, comparação feita com todas as ressalvas e perdas características de qualquer comparação. Então o conhecimento é o resultado de uma ação do intelecto agente, é fruto a junção do intelecto com o sensível.
Nesse processo de conhecimento aristotélico nota-se que as idéias não existem nos objetos em si e por si mesmas, como afirmava Platão, mas se encontram na inteligência. O intelecto sem as formas sensíveis permanece apenas em potência. E o sentido na ausência de seu sensível próprio é também potência. Ele se torna ato quando, na presença de seu sensível próprio, exerce o ato. A inteligência também é uma potência que entra em ato quando em contato com a forma inteligível, resultado da abstração do intelecto agente. Então uma cadeira por exemplo, está em ato em si mesma, mas a IDÉIA de cadeira está em potência. Após o trabalho da minha mente, a idéia de cadeira vai estar em ato na minha mente, mas a cadeira em si vai estar apenas em potência, ja que para transformá-la em ato seria necessário pegar a madeira e fazer uma cadeira
Portanto o pensar apenas, não é um ato completo, ele exige um pensado para se tornar ato, para se pensar o pensado. É o cogito cogitatum Husserliano. Nessa relação entre pensar e pensado é que se verificaa importância, bem como os limites das imagens no processo aristotèlico do conhecimento.

22 de junho de 2006

Sobre a exploração


Antes, esclarecimentos sobre o post passado. O texto foi baseado numa matéria do Frei Betto para a revista caros amigos desse mês. E sobre os comentários, Nunca votei pra Deputado, por ser muito novo ainda. Mas votei para vereador (rodrigo Parras) e para prefeito (Callegari), votei também para presidente do grêmio da E.E José Alvim (em mim!!). Agora ao texto

Esse é um texto que tenta definir a exploração. Não coloquei reflexôes próprias, pois deixo essa tarefa à vocês hoje. Pode ser que um dia eu poste alguma coisa mais pessoal e menos técnica sobre isso.

Explorar significa fazer uso de algo para um fim determinado, mas quando usam da ação de outra pessoa em benefício próprio, estamos explorando essa pessoa, tratando –a como coisa, instrumento de fim nosso, transformando-as em objeto.

Em um certo momento da humanidade passou a existir a exploração humana, que se dava através do trabalho. Portanto a compreensão de exploração requer o conhecimento da noção de trabalho humano.

O que diferencia os homens dos animais é a capacidade de trabalhar, produzindo e transformando o meio em que vive de modo que cada geração encontra um mundo diferente. Justamente por transformar racionalmente a natureza é que o ser humano é o único ser que tem história, ou seja, que suas condições de existência são transformadas por sua própria ação.

Trabalho é o ato através do qual o homem despende energia para transformar as condições em que se está. Pode ser um ato de emancipação quando dirigido para fins determinados ou pode ser apenas um ato de sobrevivência. E é isso que tem sido para a maioria da humanidade.

Antes do capitalismo o trabalho já era fonte de exploração através de escravos, camponeses e etc. Com o progresso material foi possível que alguns não precisassem mais trabalhar devido a acumulação de bens. Surgia então a divisão social do trabalho, que valorizava o trabalho mental em detrimento do trabalho manual, prático. Ao longo do tempo essa divisão foi se tornando mais complexa sempre tendo em vista a exploração do trabalho alheio. Por isso a história humana tem sido a história da exploração do homem pelo homem.

Com o trabalho sendo uma fonte de rendimento, para muitos ele adquiriu um caráter de alienação, que pode adquirir vários sentidos. O primeiro é a alienação econômica, em que o trabalhador produz algo que é apropriado pelo não trabalhador. É esse tipo de alienação que torna possível o enriquecimento de uma minoria. Um trabalhador produz muito mais riqueza do que aquilo que lhe é pago através do salário. Esse excedente que é apropriado pelo capitalista é chamado por Marx de mais-valia, e é o que torna possível a reprodução do capital.

No capitalismo o trabalho humano torna-se uma mercadoria que pode ser comprada e vendida através do salário que como vimos não representa um troca de serviços de modo igual, devido à mais-valia. Assim sendo o salário é o que esconde os mecanismos de exploração da força de trabalho.

O segundo sentido para alienação é aquele em que o trabalhador não decide o que vai produzir. Ele não é o dono de seu trabalho mas o usa como meio de sobrevivência e não como meio para transformar conscientemente o meio que o cerca. Dessa maneira seu trabalho é explorado por causa da alienação que impede sua consciência acerca da mercadoria produzida.

Mercadoria é tudo aquilo que é produzido para o mercado, não para o consumo próprio individual, e tem dois valores: o de uso e o de troca. O valor de uso é a utilidade que a mercadoria tem, e existe em todas as mercadorias. O valor de troca é dado pelas horas necessárias à fabricação de um produto. É a utilidade de uma mercadoria que gera o interesse de possuí-la, mas seu preço é dado pelo valor de troca. Se numa mercadoria não existe o valor de uso é necessário criá-la através de propagandas.

A única semelhança entre mercadorias com valor de troca diferentes é que ambas foram produzidas pelo trabalho humano. O mesmo preço para duas mercadorias distintas significa a mesma quantidade de trabalho. O próprio trabalho se tornou uma mercadoria cujo valor é igual ao valor dos meios de subsistência necessários pela manutenção da vida dos trabalhadores. É uma mercadoria especial pois é a única capaz de produzir mais valor. Como nas sociedades capitalistas há mais mão de obra do que empregos, os trabalhadores vendem sua força de trabalho abaixo do mínimo necessário. O trabalhador é então explorado em mais esse sentido, o que se faz falar em uma super-exploração do trabalho.

Uma sociedade em que todos tenham direito garantido ao trabalho e possam viver apenas dele é uma sociedade sem exploração. Assim, ninguém viveria do trabalho alheio e as máquinas, fábricas e matérias-primas seriam propriedades do conjunto da sociedade. Essa sociedade recebe o nome de socialismo, devido à socialização dos meios de produção e da decisão coletiva, através da democracia, socialização esta, que se aplica aos meios de produção. Uma sociedade assim eliminaria a exploração e alienação, fazendo do trabalho um meio de liberdade e emancipação.

17 de junho de 2006

Por que votar?

...Cuidado para que teu voto não seja a expressão de suas ambições individuais...
Amesquinhar o voto é dar espaço a corrupção, tirania, é rejeitar a democracia.Os detalhes da sua vida resultam da qualidade da política que predomina no pais:alimento, transporte salário, cidadania. Quando a política serve a poucos aumentam a fome, a miséria e desigualdade, que são causados pela política errada dos que fazem política de acordo com os interesses dos oligopólios, latifundiários e credores da nossa dívida pública. Mas através do voto torna-se capaz de alterar a dura realidade.
Nas eleições não se enoje da política, não se submeta ao desencanto, mas também não se iluda com o marketing que maqueia os políticos , com a retórica, com as músicas fáceis e agradaveis. Descionfie dos arrogantes, dos caudilhistas, dos populistas, dos que jamais prezaram por aqueles que lutam pela sobrevivência. Pelo contrário, tome uma atitudede cidadão pleno e avalie sua cidade, seu país. O que falta ao povo?Quais as causas das intempéries sociais? Quem elege os corruptos? Cuidado para que teu voto não seja a expressão de suas ambições individuais, e sim de sua fome de justiça, de seu senso cívico, de seu projeto de Brasil para todos.
De acordo com o seu voto, pode ser que não haja mais eleições em que se faça ouvir sua vontade. Por um outro lado, pode ser que cresça a democracia, a cidadania, que sua participação seja ampliada no poder público. Mas se seu voto for nulo, nulas serão suas queixas, fará parte da amargura cívica. À margem da cidadania seu protesto vazio favorecerá aqueles que devem ser banidos do poder e da vida pública, e à anulação de seu voto, de sua consciência, agradecerão os que se apossam dos recursos públicos.
Se faça lembrar na memória das pessoas através da construção de um país. Através de seu voto pode ser efetivado o que o país tanto pede:reforma agrária, redução de desemprego, desenvolvimento sustentável. Não serão os eleitos que te agradecerão, e sim seus filhos e os filhos de seus filhos, pois por eles e neles estará votando.

14 de junho de 2006

Quem sou eu?

Olá!Me chamo Thiago.Eu não me chamo, as pessos me chamam, bem, na verdade as vezes eu me chamo quando converso comigo memo.Sim, eu converso comigo mesmo, e em voz alta as vezes.Tento descobrir minha verdadeira personalidade, mas elas estão em muito conflito, num dilema do cão: Esquerda ou direita?Caverna ou sol?Ignorante ou conhecedor?Futil ou diferente?Cabelo comprido ou curto?
Gosto de música.Gosto muito de música, agora estou ouvindo Garbage, mas depois vou ouvir System of a Down.Gosto tanto de música que tento fazer música, mas na maioria das vezes só consigo copia-las, também tenho uma palheta que eu vivo mordendo pra sentir o gosto da música, mas eu vivo perdendo palhetas.Também gosto de filmes, gosto tanto de filmes que trabalho numa locadora.Mas filmes eu não tento fazer.
Quando eu tento sair do mundo dos sentidos, eu sinto um frio.As vezes da vontade de voltar, mas a vontade de olhar nos olhos da verdade é maior. Aí eu me lembro que eu quero ter alguém pra ficar comigo sem fazer nada, só olhando. Mas tudo ta tão longe.
Outra coisa, se vc esta lendo até aqui me ajuda a responder: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer?Ou de algum modo somos levados pelo sistema, que nos educa e nos condiciona?Isso me lembra John Locke, e mais uma porção de coisas, me lembra do Livro Vermelho do Mao Tsé, que me lembra do Che com sua luta.Ora! Hora! Ele fez a hora.Ou esperou acontecer visto que aquilo era um produto inevitável do contexto histórico?
Gosto de escrever, escrevo pra tentar entender o mundo, escrevo pra tentar me entender, escrevo poesias pro mundo ficar um pouco mais bonito.Pra eu me sentir mais bonito.Não por fora.Por dentro.Por fora sou só essa casca que vai morrer, mas por dentro, nunca vou morrer, nem tudo o que eu ja sei.
Eu nunca quebrei nada.Digo, nenhum osso, pois ja quebrei muitas coisas: violão, diskman, capinha de CD, minha cama, e a cara. Porque eu acredito nas pessoas, mas não confio nelas.Mesmo assim espero muito delas. Porque eu sou um animal sentimental. Porque não aprendo com meus erros. E seria errado eu falar que aprendo, um pouco errado, ás vezes eu aprendo mesmo.
Uso calça jeans e camiseta.Sempre. Tento arranjar um outro estilo, mas não consigo.Isso não é um problema muito grande, quem gosta de mim não vai olhar pra minha calça-camiseta-tênis.
Opa!!!Vc leu até aqui!Agora esqueça, talvez eu não seja nada disso.